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Por Portal Olhar Digital em 10.02.2021 -
O bitcoin voltou as manchetes após alcançar uma valorização recorde nos últimos meses. Em março do ano passado, uma unidade da criptomoeda valia US$ 5 mil (R$ 27 mil), em fevereiro de 2021, menos de um ano depois, a moeda digital ultrapassou o valor de US$ 46 mil (cerca de R$ 250 mil), sua cotação mais alta da história.
A moeda virtual entrou em um novo ciclo de valorização impulsionada pelo investimento de US$ 1,5 bilhão da Tesla, empresa de Elon Musk — considerado um dos homens mais ricos do mundo.
Até o momento, a valorização do bitcoin é de 60%. Desde o ano passado, a criptomoeda registrou ganhos de 300%. A Ibovespa, em contrapartida, teve alta de apenas 3% no mesmo período.
Investimentos bilionários como o da Tesla, são alguns dos fatores que atraem os entusiastas, e mostram que a moeda digital é mais que uma moda passageira no mercado financeiro. De acordo com Elon Musk, o bitcoin está “prestes a ser amplamente aceito entre os investidores”, declarou o executivo na rede social Clubhouse.
Ao longo de 2020, grandes empresas também apostaram no bitcoin. O PayPal, por exemplo, realizou uma promessa antiga, passando a aceitar transações com a moeda digital nos Estados Unidos.
A Square, companhia de Jack Dorsey, fundador do Twitter, também investiu US$ 50 milhões na criptomoeda em 2020. Dorsey, assim como Musk, acredita que o bitcoin “é um instrumento de autonomia econômica, e deve crescer ainda mais no futuro”.
Em Wall Street, os analistas projetam que o bitcoin pode continuar subindo, ultrapassando o valor de US$ 318 mil até dezembro deste ano. Os números chamam a atenção de quem busca outras maneiras de aumentar seus rendimentos. Ainda assim, como qualquer investimento de renda variável, o bitcoin também possui os seus riscos de perda do patrimônio investido.
Talvez o mais importante seja o risco tecnológico. Uma ameaça de segurança, por exemplo, se bem sucedida, pode pôr tudo a perder. De acordo com especialistas, a blockchain (uma espécie de bolsa de valores de criptomoedas que também funciona como carteira digital) não corre esse risco.
Apesar de sua popularidade, o bitcoin ainda não é uma moeda comum no varejo. Algumas lojas específicas, principalmente no exterior, já aceitam pagamentos e fazem conversão em tempo real no momento das compras. O mais comum, são transações entre os usuários que possuem bitcoins em carteiras digitais.
No entanto, a entrada do PayPal no mercado de criptomoedas, um dos maiores serviços de pagamento digital do mundo, promete expandir o uso do bitcoin. A expectativa é que a Tesla também aceite a moeda digital como forma de pagamento no futuro.
Fonte: G1