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Ao todo, foram mais de 12 milhões de transações financeiras via PIX nos primeiros sete dias. Entenda como a ferramenta pode ajudar o varejo em tempos de distanciamento social.
Artigo produzido pela associada SHIPAY
Apenas na primeira semana de operação, R$ 9,3 bilhões foram movimentados em 12,2 milhões de transações via PIX no Brasil. Os números, por si só, já impressionam. Mas aqui vale uma base de comparação para entender a magnitude deste alcance. Em setembro do ano passado, o governo do México lançou o Codi, um sistema análogo ao PIX. E de lá até junho deste ano, foram feitos pouco mais de 165 mil pagamentos com a plataforma. Em outras palavras, em somente uma semana o PIX teve um volume de transações quase 72 vezes maior do que o Codi em 10 meses. Este é o momento ideal para o varejista entender mais a fundo o impacto que essa nova ferramenta pode ter em seu negócio.
“Esse volume de quase R$ 10 bilhões é extremamente expressivo, dentro do esperado para um meio de pagamento completamente novo, onde o sistema foi construído de forma totalmente orgânica entre Banco Central, PSPs e todos os participantes”, comenta Luiz Coimbra, CEO e Co-Founder da Shipay.
Na onda da divulgação intensa feita tanto pelo Banco Central quanto pelas instituições financeiras que estão oferecendo o PIX, bancos tradicionais, digitais e fintechs preparam uma série de produtos e serviços atrelados à nova plataforma de transferências visando novos relacionamentos com clientes. “Para os grandes bancos o PIX virou um produto da área de cash, que teoricamente é a porta de entrada para a venda de outros serviços ou usarem o próprio meio de transferência PIX para outros serviços financeiros. Isso vai beneficiar não só o varejista, mas todo e qualquer cliente que usa uma conta corporativa, que faz transferências ou pagamentos”, completa Coimbra.
Momento vantajoso para varejistas garantirem taxas atrativas
Para o COO e Co-Founder da Shipay, Paulo Loureiro, as circunstâncias são vantajosas para o varejista buscar isenção de taxas ou percentuais mais baixos de incidência sobre as transações (no varejo, o PIX é gratuito para quem realiza o pagamento e há incidência de taxa no recebimento, mas as instituições financeiras são livres para determinarem suas taxas). “Esse é o momento em que as fintechs e os bancos digitais podem brigar de igual para igual com os bancos tradicionais, que embora tenham que espremer suas margens tarifárias, não vão perder em função do fluxo financeiro. Dito isso, esse é um momento oportuno para os varejistas, que poderão aproveitar essa disputa e desfrutar de uma nova modalidade interoperável, 24/7 e com custos menores do que os atuais”, destaca.
Como a ferramenta ainda é muito nova, são muitas as discussões de mercado que estão em andamento para que as taxas se acomodem. Felizmente, o ambiente não é favorável para que as instituições financeiras pratiquem taxas abusivas, justamente pela concorrência acirrada. “Alguns bancos a princípio tentaram colocar taxas que seriam relevantes em termos de geração de receita, taxas perto de 1%, ou acima disso, por exemplo, taxas próximas de R$ 1 por transação. Então seria uma linha de receita super relevante e talvez até compensasse as perdas. Mas o que aconteceu na prática é que todos estão revisitando esses preços porque o mercado ficou muito competitivo já que o PIX é interoperável. Tem vários bancos digitais e carteiras digitais oferecendo taxas muito mais atrativas”, avalia Charles Hagler, CEO e Co-Founder da Shipay.
Resultado positivo tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas
Ainda que até o momento o investimento massivo de divulgação do PIX esteja muito focado na experiência de uso de pessoas físicas, os resultados obtidos até o momento impressionam também quando consideramos os cadastros de pessoas jurídicas.
Na primeira semana de operação, o Banco Central contava com o registro de 36,6 milhões de usuários, sendo 34,4 milhões de pessoas físicas e 2,1 milhões de pessoas jurídicas. Quando avaliamos esses números proporcionalmente, entendemos o quão relevante é o percentual de CNPJ já cadastrados. Até o fechamento deste texto, o Sebrae apontava que existiam cerca de 19,2 milhões de CNPJs ativos no Brasil. Ou seja, tivemos quase 11% das empresas ativas já cadastradas no PIX até o momento.
De um modo geral, os especialistas da Shipay avaliam que a entrada do PIX no varejo será gradual. Hagler lembra que ainda há um caminho a ser percorrido no que diz respeito à preparação para que a solução seja usada da melhor forma. “As grandes redes precisam ter bem alinhadas as questões de integração e conciliação e isso ainda não foi liberado pelos bancos”, comenta. Neste sentido, vale lembrar que a Shipay se antecipou e já preparou sua solução para ser totalmente integrada para que o varejista receba pagamentos via PIX. A integração ao PDV permite que o lojista opere no dia a dia com mais segurança, com os dados do pagamento visíveis na tela e com confirmação da transação de imediato.
“Em geral, os novos meios de pagamento no varejo crescem de forma gradual e muito em linha com a demanda gerada pelos consumidores. Porém esse processo pode ser acelerado se o novo meio de pagamento contribuir principalmente com custos reduzidos, maior liquidez e usabilidade amigável. O PIX possui exatamente essas características, por esse motivo a gente deve ter um ritmo maior nos cadastros de PJ”, analisa Loureiro.
Relatório global aponta Brasil como país favorável para uso de pagamentos digitais
Em relatório recente da consultoria McKinsey com projeções para os próximos meses, o Brasil desponta como um dos países com grande potencial para expansão dos pagamentos digitais. O documento reconhece que na América Latina o uso do dinheiro em espécie ainda é muito expressivo, mas ressalta que a expansão das carteiras digitais também tem sido notória.
Neste sentido, a divulgação massiva do PIX, bem como os números significativos logo nos primeiros dias de operação, tendem a criar um ambiente favorável para uma adesão mais ampla e familiarização com pagamentos digitais em geral. Do ponto de vista do varejo, esse preparo é mais do que fundamental com todas as transformações vividas neste ano em função da pandemia de Covid-19. Em um cenário de retomada de restrições do comércio presencial em função do aumento de casos, por exemplo, os varejistas que estiverem 100% integrados e adaptados para o recebimento de pagamentos digitais tendem a sofrer menos impacto.
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